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Mamografia. Quando começar? E os outros exames?

O principal exame de rastreamento para câncer de mama é a mamografia. Por que mamografia e não outros exames?

Estudos demonstram que a mamografia no contexto do rastreamento reduz as chances de morrer de câncer de mama em aproximadamente 20% dos casos e facilita a realização do tratamento precoce. A mortalidade por câncer de mama caiu drasticamente desde a década de 1980, e tanto a detecção precoce com mamografia quanto as melhorias no tratamento são responsáveis por essa redução.

Todos os indivíduos devem começar os exames no mesmo momento? Não. Existe alguma população especial que devemos adotar condutas diferentes? Sim.

É extremamente importante determinar o risco individual de uma pessoa desenvolver câncer de mama e usar essa informação para recomendar quais exames devem ser feitos e a frequência do rastreamento. Além disso, devemos determinar a necessidade de testes genéticos e da quimioprevenção e/ou cirurgia profilática.

Avaliação inicial de risco:

O primeiro passo é identificar os principais fatores de risco (veja o artigo ‘Quais são os fatores associados ao risco de câncer de mama?’, para mais informações). Com essas informações, delineia-se risco do paciente ao longo da vida de ser diagnosticado com câncer de mama (não o risco de morrer devido ao câncer). Embora não haja padronização ou consenso sobre as porcentagens exatas, geralmente elas são as seguintes: 

Risco habitual (menos de 15%)

Risco moderado (aproximadamente 15 a 20%) 

Risco alto (maior de 20 por cento)

A maioria dos pacientes pode ser categorizada com base apenas na história pessoal. Outros casos podem necessitar do uso de modelos de previsão de risco. Tais ferramentas que podem ajudar nessa avaliação levam em consideração vários fatores simultâneos, por exemplo, histórico familiar de câncer e biópsia mamária prévia de hiperplasia atípica.

Risco habitual: nesse subgrupo, a idade é o fator mais importante na decisão sobre quando fazer o rastreamento, pois a incidência de câncer de mama aumenta com a idade. A incidência de câncer de mama é mais baixa abaixo dos 40 anos, e aumenta à medida que as mulheres envelhecem. O momento de início do rastreio é discutível entre as sociedades médicas; a Sociedade Brasileira de Mastologia indica o início com mamografia aos 40 anos anualmente.

Para essas mulheres, há falta de evidências médicas para recomendar rotineiramente outras modalidades radiológicas como ultrassom, ressonância magnética (RM) ou tecnologias de imagem mais recentes. No entanto, essas tecnologias são úteis como complementos para o rastreamento de certos pacientes de alto risco ou como ferramentas de diagnóstico, em vez de rastreio. 

O auto exame não é recomendado de rotina, pois vários estudos mostraram falta de benefício, maior ansiedade das pacientes e uma taxa mais alta de biópsia de mama que mostra doença benigna. Por outro lado, orienta-se a educação das mulheres sobre a autoconsciência da mama, a saúde geral da mama e os benefícios e limitações do auto exame, além de aconselhar as mulheres a procurar atendimento médico se notarem anormalidades nas mamas.

Risco moderado: inclui a maioria das mulheres que têm histórico familiar de câncer de mama em um parente de primeiro grau, mas não têm uma síndrome genética conhecida. Estudos sugerem a mesma abordagem de rastreio do risco habitual, incluindo a idade para iniciar a mamografia e sua frequência. Métodos adicionais de imagem não devem ser realizados de rotina.

Alto risco: recomendações são específicas; por exemplo: dependem de qual mutação está presente no paciente. De modo geral, incluem rastreio intensivo em idade mais precoce, bem como consideração de formas hormonais e cirúrgicas de redução de risco. Na maioria dos casos, os principais exames indicados são ressonância magnética e mamografia.

Quer entender um pouco mais? Agende uma consulta para avaliação 

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